Dialética do autismo.

This site requires Flash Player 8.0 or greater
Please click here to download.
(Arraste as Fotos e Clique 2 vezes para ampliar)

OAula virtual do dia 29/06/2009.

Professor César Augusto Venâncio da Silva.

Especializando em Psicopedagogia - UVA/Ceará.

 

Autismo.

O autismo é uma desordem global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade da pessoa comunicar, estabelecer relacionamentos e responder apropriadamente ao ambiente - segundo as normas que regulam estas respostas. Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a comportamentos restritos e rígidos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de Espectro Autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo. Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em seu "mundo próprio" interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela está desinteressada nessas brincadeiras ou porque vive em seu mundo, é porque simplesmente ela tem dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa.

Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa retardada que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe nenhuma). A dificuldade de comunicação, em alguns casos, está realmente presente, mas como dito acima nem todos são assim: é difícil definir se uma pessoa tem retardo mental se nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente.

Histórico.

Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista "Nervous Child", vol. 2, p. 217-250. No mesmo ano, o também austríaco Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. Embora ambos fossem austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam . A palavra "autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus pacientes. O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, quando a médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger. Nos anos 1950 e 1960, o psicólogo Bruno Bettelheim afirmou que a causa do autismo seria a indiferença da mãe, que denominou de "mãe-geladeira'". Nos anos 1970 essa teoria foi rejeitada e passou-se a pesquisar as causas do autismo. Hoje, sabe-se que o autismo está ligado a causas genéticas associadas a causas ambientais. Dentre possíveis causas ambientais, a contaminação por mercúrio presente em vacinas tem sido apontada como forte candidata, assim como problemas na gestação.Outros problemas como infecção por candida, contaminação por aluminio, chumbo também devem ser considerados. Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas em diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo é um transtorno claramente definido. Há correntes teóricas que apontam as alterações comportamentais nos primeiros anos de vida (normalmente até os 3 anos) como relevantes para definir o transtorno, mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo seja um transtorno organico. Entretanto, não desconsidera o fato de que há de se cuidar destas crianças o quanto antes, inserindo-as num tratamento que leve em consideração sua subjetividade, seus afetos e sentimentos, e não apenas o aspecto comportamental. Donald Winnicott , importante pediatra e psicanalista inglês, contribui com suas formulações, a partir da prática clínica, para interrogar se o autismo de fato existe enquanto quadro nosográfico. Além dos conceitos psicanalíticos é muito importante que se avalie o individuo como um todo, e se trate diretamente das causas, que são os desequilibrios metabólcos do organismo.

 

Definição.

Autismo é uma desordem comportamental causada por mudanças súbitas em certas áreas do cérebro. Atualmente (2008), 1 em cada 150 crianças é diagnosticada com autismo nos Estados Unidos e o número é crescente. As causas biológicas exatas do autismo e das desordens do espectro autista são desconhecidas e são um grande desafio para a sociedade. Embora não haja uma má formação cerebral, estudos recentes têm observado mudanças bruscas em algumas áreas do cérebro de pacientes autistas, incluindo um aumento moderado, que parece acontecer durante o desenvolvimento do cérebro fetal ou na 1ª infância. Fatores genéticos, ou a exposição do cérebro em desenvolvimento a alguma toxina ambiental ou infecção, pode ser a causa dessas anormalidades. O impacto cerebral pode piorar durante a vida, enquanto o indivíduo é continuamente exposto a tais fatores ambientais, ou dentre aqueles com incapacidade de quebrar e se livrar dessas toxinas. No cérebro normal, essas áreas coletivamente conhecidas como o sistema límbico, estão envolvidas em atividades complexas como encontrar significado nas experiências sensoriais e perceptivas, no comportamento social, na emoção e na memória. O sistema límbico também está envolvido no controle de complexos movimentos habituais como, aprender a se vestir e se lavar, ou participar de atividades coletivas. A estrutura límbica, está envolvida em diversos processos desde a criatividade artística, ao aprendizado de uma habilidade, reconhecimento de estruturas faciais, a ligação emocional, a agressão e ao vício. Então, anormalidades nessa área cerebral, cortam ou proporcionam impressões destorcidas da realidade, levando a inabilidade de efetivamente se relacionar com o mundo a sua volta, provocando um isolamento social. Pessoas com autismo podem ficar presas a um mundo de comportamentos ritualísticos. Com variável incapacidade de interagir com as pessoas a sua volta. Uma pequena parcela mostra uma notável habilidade para executar algumas tarefas como tocar piano, executar cálculos matemáticos complexos, enquanto ao mesmo tempo não conseguem se alimentar sozinhos ou se vestir. Os aspectos biológicos e comportamentais do autismo, remetem a desordens como a esquizofrenia, epilepsia e outras tantas raras condições neurológicas pediátricas. Desordens da química cerebral, particularmente envolvendo os neurotransmissores dopamina e serotonina, que protagonizam um papel importante no movimento e funcionamento do sistema límbico, têm sido apontadas. Ligações entre anomalias genéticas responsáveis pelo desenvolvimento do cérebro estão sob investigação. Descobertas recentes sugerem anomalias no sistema digestivo, e estudos mostraram que os sintomas de alguns pacientes são agravados por determinados fatores dietéticos que resultam possivelmente das alterações de populações bacterianas no sistema digestivo. Há ligações entre várias desordens inflamatórias, tais como artrite reumatóide e recentes evidências de processos inflamatórios em curso no cérebro. Isto sugere que as alterações no sistema imunitário ou em alguns fatores ambientais possam contribuir para o autismo também. Parece que estes compostos biológicos, estão alterando diretamente ou indiretamente a função do cérebro em níveis variados. Entretanto, uma hipótese unificadora para esta desordem devastadora que considera todas estas observações, ainda não foi encontrada. O autismo é claramente uma desordem do comportamento. Conseqüentemente uma análise detalhada desta desordem comportamental complexa, na condição humana e em modelos de experimentos animais é absolutamente essencial. Um número de compostos metabólicos resultados da digestão alimentar e também os compostos inflamatórios liberados pelo organismo , as citoquinas, são conhecidos por ter efeitos profundos no desenvolvimento do cérebro, na função de sistema límbico e finalmente no comportamento.

Características do autismo.

Nem todo autista é igual, existem autistas mais sociais que outros, outros são mais intelectuais, e assim por diante. Por isso dá-se o nome de Espectro Autista a estas diferentes manifestações do autismo: o autismo tem vários níveis, desde os mais graves (o autismo típico em que as pessoas geralmente pensam) até os casos mais sutis. Muitos autistas não são muito diferentes de pessoas tidas como "normais": possuem hábitos consolidados, reagem com dificuldade a situações que os desagradam, possuem manias e preferências.

As características mais comuns do autismo são:

  • Dificuldade na interação social (como todo e qualquer indivíduo, por exemplo);
  • Dificuldade acentuada no uso de comportamentos não-verbais (contato visual, expressão facial, gestos);
  • Sociabilidade seletiva;
  • Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades:
  • Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados (movimento circular, por exemplo);
  • Assumir de forma inflexível rotinas ou rituais (ter "manias" ou focalizar-se em um único assunto de interesse, por exemplo);
  • Maneirismos motores estereotipados (agitar ou torcer as mãos, por exemplo);
  • Preocupação insistente com partes de objetos, em vez do todo (fixação na roda de um carrinho ou na boca de alguém que fala, por exemplo);
  • Seguir uma vida rotineira e resistir mais do que uma pessoa comum resistiria quando ela é mudada;
  • Tendência a uma leitura concreta e imediatista do contexto, seja ele linguístico ou ambiental ("levar tudo ao pé da letra").

Diagnóstico.

Para que se tenha um bom prognóstico com relação ao tratamento é preciso que seja realizado um diagnóstico precoce. Um diagnóstico seguro pode ser realizado antes da criança completar dois anos de idade, desde que alguns aspectos clinicos não sejam desprezados. As crianças autistas normalmente tem historico de infecçõs e alto consumo de antibióticos nos primeiros anos de vida. As fezes podem ter aparencia mucosa, e de coloração variante, entre amarelo, esverdeado e avermelhado, e podem ter odor de mofo.Intensa flatulencia. Apresentam sinais caracteristicos de alergias, como olheras, olhos inchados, cilhos compridos. Embora se alimentem bem podem apresentar aspecto de subnutrição. Frequentemente apresentam abdome distendido, e inchado, com intensa movimentação visceral. Apresentam mau hálito. Podem apresentar regreções no desenvolvimento, após uso de vacinas. Mais de 60% das crianças autistas tem pais com histórico de atopia, incluindo asma e alergias de pele. Crianças normotipicas tendem a responder com o olhar quando chamadas pelo nome por volta de 2 anos de idade.

Exames.

O diagnóstico do autismo é feito clinicamente, mas pode ser necessário a realização de exames auditivos com a finalidade de um diagnóstico diferencial. Outros exames devem ser considerados não para diagnóstico, mas com a finalidade de se realizar um bom tratamento. São eles: Ácidos Organicos, Alergias alimentares, Metais no cabelo, Perfil ION, Imunodeficiencias entre outros.

Relato.

O médico José Salomão Schwartzman, referência no Brasil em Neurologia da Infância e Adolescência, relata um caso interessante de autismo:
"Na década de 1970, recebi um paciente, R., com cinco anos de idade, encaminhado por uma amiga pscicóloga. Era uma criança estranha, que tinha sido considerada, até pouco tempo antes, como portadora de deficiência mental. Muito embora tivesse apresentado desenvolvimento motor normal, a sua fala e seu comportamento se mostravam muito alterados. Sua mãe relatava que ele havia ficado totalmente mudo até os 3, 4 anos de idade, quando, de um dia para outro, havia começado a ler manchetes dos jornais. Embora pudesse falar a partir de então, somente o fazia quando queria e quase nunca com a finalidade de se comunicar com os outros. Era isolado e parecia bastar-se, ignorando as pessoas que viviam à sua volta. Por outro lado, era muito inquieto e agitado, estando continuamente em movimento. Uma das poucas atividades que o deixavam mais tranquilo era ficar parado em uma das esquinas mais movimentadas de São Paulo observando os ônibus que passavam. Após uma hora de observação, demonstrava estar satisfeito. Chegando em casa, desenhava todos os ônibus que havia observado, com as cores e as placas corretas. Reencontrei R. recentemente. É um adulto algo estranho; não gosta de fixar o olhar no interlocutor; fala de um modo bastante formal. Ao entrar no meu consultório, após todos esses anos, perguntou-me sobre o meu primeiro consultório e demonstrou lembrar-se de inúmeros detalhes de consultas ocorridas há cerca de 30 anos. Contou-me que, quando criança, haviam dito que ele era autista, imagine! Estava muito bem e ganhava o seu dinheiro fazendo ilustrações para cadernos pedagógicos de algumas escolas. Na ocasição, o caso me pareceu singular na medida em que aquela criança, tida como deficiente mental, era seguramente diferente em vários aspectos de outras crianças com deficiência mental. A equipe que atendia R. achou que a melhor hipótese diagnóstica era a de Autismo, condição muito pouco conhecida e de diagnóstico muito difícil àquela época. O quadro, assim diagnosticado, passou a ser da alçada de psiquiatras e psicólogos. Para mim, então, tratava-se de uma patologia que não envolvia problemas relacionados a funções do sistema nervoso. Os tempos mudaram, e hoje sabemos que o Autismo é uma condição de bases biológicas e bem mais freqüente do que se acreditava. Há, na verdade, quem cite números muito maiores, o que decorre não somente de um maior conhecimento a respeito do assunto e, portanto, de uma identificação mais freqüente, mas também de um conceito que tem se expandido nos últimos anos, permitindo que quadros que anteriormente não receberiam este diagnóstico possam ser assim rolulados."[1]

Tratamentos do Autismo.

Até o momento, os pesquisadores ainda não identificaram claramente os fatores causais do autismo. No entanto, terapeutas e pais de pessoas com autismo têm experimentado diversas formas de ajudar as pessoas com autismo. Muitas abordagens de tratamento têm sido desenvolvidas – cada uma com diferentes filosofias e metodologias. Hoje o que sabemos é que o autismo é tratavel, curas e grandes melhoras já são relatadas por todo o mundo. Devido ao fato de o autismo não ser uma doença exclusivamente mental, e sim um problema organico que afeta vários sistemas o tratamento deve ser muito cauteloso, além de abrangente. Destacando o Tratamento biológico e a abordagem Son-Rise. A terapia ABA que consiste na analise do comportamento do individuo, também tem apresentado muitas respostas positivas. O Tratamento biologico é baseado na normalização das funções bioquimicas do organismo, além do aumento da imunidade e eliminação de possiveis metais pesados presentes no organismo (destacando alumínio, chumbo e mercúrio). Son-Rise é uma forma de abordagem cognitiva, que leva a criança a um estado de alta conecção com o terapeuta, o que possibilita o desenvolvimento de habilidades sociais. Podemos destacar também as dietas sem glutem e caseina, suplementação de vitamina B6, e uso de camara hiperbárica. Outras possibilidades de tratamento estão sendo estudadas por pesquisadores na área bioquimica e nutricional.

Estudos.

Alguns estudos tem sido conduzidos afim de tentar estabelecer algumas predisposições para o autismo. Nesse sentido pesquisadores já haviam percebido que as crianças que foram expostas a concentrações elevadas de testosterona fetal exibiam algumas características de adultos com distúrbios autísticos, tais como evitar olhares diretos, desenvolver menos áreas de interesse e dificuldades de estabelecer relacionamentos. Verifica-se também uma predisposição para o sexo masculino com uma prevalência relativa (masculino:feminino) de 3,7:1 a 4:1.[2][3] Essas constatações levaram o psicólogo Simon Baron-Cohen a investigar essas correlações a partir de amostras do fluido amniótico colhidas durante a fase pré-natal com o desenvolvimento das crianças, obtendo algumas evidências para a predisposição do autismo.[4] Outros estudos recentes tentam correlacionar o autismo com a predisposição genética. Estudos mostram que crianças autistas submetidas a 40 horas em camara hiperbárica com saturação de oxigenio de 20% tiveram melhora significativa em seu desempenho social, e fala. Crianças que tomaram doses elevadas (250mg)de carnosina tem maior desenvolvimento da fala. Estudos apontam que Vitamina B6, tem se mostrado mais eficiente que todos os medicamentos para se melhorar sintomas de falta de sono, comportamentos atipicos, convunções. Em 2009, James Watson, um biólogo que participou da descoberta da estrutura do DNA, lançou uma nova teoria para explicar a suposta genética da inteligência. Nessa teoria, que também é estudada por grupo de pesquisadores da Universidade do Colorado, os genes que predisporiam algumas pessoas a habilidades intelectuais elevadas seriam os mesmos que disparam doenças como autismo e esquizofrenia. Apesar de polêmica, a teoria de correlacionar dados sobre algumas formas de autismo e esquizofrenia à uma herança genética também associada a algumas formas de inteligência vêm apresentado resultados positivos dentro da ciência genética da biologia associando também questões ligadas à teoria da evolução de Darvin.[5]

ASPECTOS QUE DEVEM SER PESQUISADOS.

 

PESQUISAS EXTRAORDINÁRIAS.

[Willian Shaw]https://www.autismoinfantil.com.br/perguntas-e-respostas-sobre-autismo.html [Son-Rise]https://www.inspiradospeloautismo.com.br/ [Diário de um autista]https://alexandresementedeamor.blogspot.com/

Glossário 
 
No dia a dia dos consultórios, os pais ouvem uma série de termos, para tentar esclarecer alguns deles, veja o pequeno glossário a seguir:


Afasia - diz-se da falta de fala e comunicação

Anamnese - entrevista que o médico ou terapeuta faz para saber mais sobre o paciente, uma anamnese pode incluir ainda dados sobre gestação, parto, ambiente em que vive e dependendo do médico e da linha seguida pode durar uma hora.  Esta anamnese servirá de base para o médico.

Anoxia - falta de oxigênio no cérebro, usada normalmente com o termo  neonatal, anoxia neonatal = falta de oxigênio na hora da nascimento

Anti-convulsivos - medicação que tenta inibir o processo de convulsões epiléticas Os mais utilizados são: fenobarbital, ácido valpróico, e etc.  Os nomes comerciais variam muito Ex: Gardenal, Rivotril, Depakene, Maliasin... O uso destes medicamentos leva a dependência, existem controvérsias a cerca de sua viabilidade.São receitados por neurologistas e psiquiatras, com retenção da receita.  De qualquer forma, o uso deve ser rigorosamente acompanhado pelo médico.

Apatia - (do Latin apthia + Gr. apátheia) :  insensibilidade; indiferença; impassibilidade; inércia; marasmo.

Atrofia - diminuição ou definhamento de uma célula, músculo ou órgão, no todo ou em parte.

Audiometria - exame realizado por fonoaudiólogos em que se avalia a audição do paciente, em ambos os ouvidos.  Depende da colaboração e participação do mesmo.

Audiometria Comportamental - semelhante ao anterior, porém a fono não conta com a participação ativa do paciente, neste caso depende da observação dela.  Raramente funciona com autistas.  Mesmo nos demais casos, não costuma ser conclusivo.

Autismo - distúrbio de ordem neurológica que afeta o indivíduo em vários aspectos e principalmente a comunicação.  Em muitos casos apresenta retardo mental e epilepsia associada.  Possui vários espectros (variantes) e sua causa ainda é desconhecida. Veja mais no link definição.

AVD ou Atividades da Vida Diária - normalmente avaliam o paciente para ver qual o nível de AVD que ele exerce sozinho, por exemplo, escovar os dentes, comer, beber, ir ao banheiro, vestir, tomar banho.  O objetivo sempre será estimular o maior índice possível de AVD.

Bera - exame que avalia como o cérebro reage aos sons, o paciente fica deitado, com vários fiozinhos ligados e não depende de sua colaboração.  O aparelho mostra as reações do cérebro, independente da colaboração do paciente.  Usado para detectar níveis de audição em autistas e portadores de DPAC.

Cognitivo -
termo empregado para definir o aprendizado, conhecimento, diz-se: qual o nível de cognitivo, ou o cognitivo está afetado ( capacidade de aprendizado e compreensão afetados).

Congênito - (nascido com o indivíduo, popular=de nascença) termo utilizado pela classe médica  quando não têm um resposta clara e não conseguem chegar a um diagnóstico.

DPAC - Distúrbio de Processamento Auditivo Central - recentemente classificado, este distúrbio mostra que algumas pessoas tem reações diferentes aos sons. Uma pessoa com DPAC pode ter extrema sensibilidade para alguns sons (como se ouvisse demais) e aparente surdez para outros.  Veja na área de download texto explicativo.

Ecolalia - ato de repetir palavras ou frases, sem observar o sentido, geralmente repetindo até a entonação ouvida.

EEG - Eletroencefalograma - o paciente (sedado ou não) fica com uma série de fios com sensores colados na região da cabeça e através do aparelho um gráfico mostra o ritmo das  ondas cerebrais, impresso num papel.  O resultado impresso é então interpretado pelo neuro ou psiquiatra e determina se há e qual o tipo de epilepsia ou outra disfunção.

Epilepsia - distúrbio do SNC que tem vários tipos, causando convulsões (ataque epilético) ou ausências (pequenos desligamentos), atualmente dividada em várias categorias, em alguns casos pode ser tratada com cirurgia.

Estereotipia - este termo é empregado para definir movimentos repetitivos que muitos autistas usam.  Normalmente chamados movimentos esteriotipados ex; girar rodas,  balançar o corpo, bater as mãos etc.

Fenilcetonúria - deficiência em absorver fenilanina, pode provocar retardo mental. Deteca-se com exame realizado com um gota de sangue do pézinho do recém nascido (também conhecido como "teste do pezinho").  Atualmente é obrigatório no Brasil

Hemiplegia - distúrbio causado por lesão cerebral que paralisa ou dificulta um lado inteiro do corpo

Hipertonia - hiper = alto, muito, tonia = tônus, significa alto tônus muscular, rigidez.

Hipotonia hipo=baixo, pouco,  tonia=tônus, significa baixa tonicidade muscular, flacidez.

Isolamento -   isolação; estado de quem está isolado; solidão.

Isolar - (do It. isolare) : tornar solitário; separar; deixar só; separar-se; não conviver.

ITA Imuno Terapia Ativada - técnica de tratamento que se utiliza de processos imunológicos, combatendo alergias, das mais comuns às menos conhecidas, como as do SNC.

Legível - no jargão clínico, um paciente/aluno é ou não legível para o trabalho de uma instituição ou escola pelo seu nível de desenvolvimento.  No caso de escolas, elas podem estar estruturadas para crianças mais independentes, ou usar métodos de ensino que ainda não se enquadram a criança, ou a criança estar acima dos trabalhos realizados.

Mineralograma - exame usado pelos médicos Ortomoleculares para determinar o nível de metais pesados no organismo.  É feito a partir de alguns fios de cabelo da região da nuca.

Multidiciplinar - termo usado para definir um grupo de profissionais que trabalham em conjunto. Comum nos centros de reabilitação aonde a  equipe  de fonoaudiologia, pediatria, terapia ocupacional, fisioterapia e psicologia trabalha com um mesmo paciente e discutem técnicas para a melhor  evolução do  paciente.

Neuropsicomotor - refere-se ao desenvolvimento do sistema nervoso, do aspecto psicológico e do desenvolvimento e coordenação motora, formando os três um conjunto.

PC ou Paralisia Cerebral - termo utilizado para definir pacientes que sofreram falta de oxigênio no cérebro, perdendo parte de suas funções.

PNE - Portador de necessidades especiais

Psicose - relativo a distúrbios mentais, pode ser em diferentes graus de leve a grave.

Quelação - tratamento que propõe a desintoxicação do organismo, especialmente em metais pesados, que busca o alívio e ou cura de diversos males da saúde. No Brasil usado na medicina Ortomolecular.

Reorganização Neurológica - conceito lançado por Temple Fay e Glen Doman, sobre o desenvolvimento, que entende estar ligados entre si, nos aspectos de visão, audição, fala, coordenação , motor etc., entendendo que uma falha num ou em demais pontos pode comprometer os demais. O tratamento consiste em repetir os processos de desenvolvimento, a partir do ponto em que houve a falha. Melhor detalhado no livro "O que Fazer pela Criança de Cérebro Lesado" (www.veras.org.br).

Ressonância Magnética - exame mais profundo que a tomografia, mas com o mesmo objetivo.

Rotina - seqüência de atos ou procedimentos habituais, caminho já percorrido e conhecido

Síndrome - conjunto de determinados sintomas, de causa desconhecida ou em estudos, que são classificados, geralmente com o nome do cientista que o classificou ou o nome que o cientista lhe atribuir.

Síndrome de Down - deficiência causada por fatores cromossômicos, pode ou não estar associada a outros quadros. Conhecida  popularmente por mongolismo.

SNC - Sistema Nervoso Central

TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (Clique aqui para maiores detalhes)

TID  - Transtornos Invasivos do Desenvolvimento

Tomografia - exame realizado para detectar problemas na formação da região cerebral.  Comumente a criança é sedada para realização do exame.

Vegetativo - termo utilizado quando o indivíduo apresenta apenas as funções básicas (cardio respiratórias) com ou sem auxílio de aparelhos, não apresentando as demais funções.